O Governo do Ceará inicia hoje a série multimídia “Avançando Juntos”
O Governo do Ceará inicia hoje a série multimídia “Avançando Juntos”, que retrata os profissionais que fazem a diferença na nossa sociedade sob a ótica de quem está do lado de lá do balcão, o servidor. No meio da pandemia, mas em um momento de esperança, nada melhor do que começar com o profissional responsável por receber, armazenar e distribuir as vacinas em todo o estado do Ceará.
O Governo do Ceará inicia hoje a série multimídia “Avançando Juntos”, que retrata os profissionais que fazem a diferença na nossa sociedade sob a ótica de quem está do lado de lá do balcão, o servidor. No meio da pandemia, mas em um momento de esperança, nada melhor do que começar com o profissional responsável por receber, armazenar e distribuir as vacinas em todo o estado do Ceará.
Se nos quadrinhos de Batman, o ‘Senhor Frio’, um cientista dependente das baixíssimas temperaturas para sobreviver, é um vilão em busca da cura para a esposa, o nosso ‘Senhor Frio’ cearense é peça crucial para a cura da Covid-19 no Ceará. Estamos falando de Francisco Tarcísio Seabra Filho, gerente da Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadim), orgão da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), internamente conhecida como “Rede de Frio”. Seu trabalho nos bastidores não aparece para a população, mas é peça fundamental para que a campanha de vacinação contra a Covid-19 saia do papel e chegue aos braços dos cearenses.
Ele é responsável pelo processo logístico de conservação desses imunobiológicos, desde a saída do laboratório produtor, até a chegada do produto ao usuário, passando antes pelas etapas de recebimento, armazenamento, distribuição, e transporte. “A Ceadim trabalha nos bastidores, pois a população cearense não conhece o percurso que essa vacina faz, todo o processo e o cuidado que se tem com os imunobiológicos do Estado”, disse o gerente.
Segundo Tarcísio, a chamada “Rede de Frio” é um sistema amplo por meio de normatização e planejamento, sempre visando a manutenção adequada dos medicamentos. “É um meio que permeia todas as esferas da gestão, com os fluxos definidos de esfera nacional, regional, municipal e local. No caso do Ceará, fica tudo dividido em superintendências e regiões de saúde de abrangência. Nosso principal propósito é de gerenciar esses insumos, provenientes do Ministério da Saúde, para nossa instância Estadual, e garantir que essa vacina chegue até a última instância local da “Rede de Frio”, que é a sala de vacina, com todos os protocolos pré-estabelecidos para garantir a segurança e a qualidade das vacinas”, explica o profissional.
O gerente da Ceadim tem posição estratégica no processo de vacinação, pois precisa preservar as características originais do produto até a sua data de uso. Além das vacinas, os imunobiológicos compreendem também soros e imunoglobulinas. “Todos atuam no sistema imunológico, no nosso sistema de defesa, são produtos extremamente sensíveis ao calor, e ao frio, ou seja, cada um tem a sua temperatura ideal para uso, além de sensíveis à luz. Precisam ser armazenados, transportados, organizados, monitorados, e distribuídos de uma maneira adequada para que não haja nenhuma quebra dentro da cadeia de frio. Do contrário, você pode comprometer a eficácia e a segurança desta vacina”, aponta Tarcisio.
Além da grande responsabilidade que é receber, manter e distribuir as vacinas contra Covid-19 de forma eficaz, o profissional trabalha também com outros 48 imunobiológicos, entre soros, vacinas e imunoglobulinas. “Já trabalhamos com as vacinas de rotina, mas a campanha de imunização contra a Covid-19 tem um teor de urgência. E hoje são dois tipos de vacinas diferentes, a Coronavac/Sinovac-Butantan e a Oxford/AstraZeneca, por isso temos de atentar para as quantidades de doses, prazos de segunda dose diferentes e suas validades, temperatura para armazenamento e transporte entre 2° e 8° graus. Além disso, temos de estar preparados para as vacinas de outros laboratórios produtores, com protocolos diferentes, como a vacina da Pfizer, que é armazenada em -70° graus. O desafio logístico é intenso, para que nós possamos fazer com que a população cearense receba toda essa vacina em um curto espaço de tempo”, ressalta.
“A distribuição por via aérea tem nos feito ganhar muito tempo e agilizando bastante o nosso sistema de vacinação, antes era feito apenas por meio terrestre”, destaca o gerente da Ceadim. Tarcísio também lembra que, logo após o recebimento de um lote das vacinas contra Covid-19 – independente do laboratório -, o Ceará consegue fazer toda a distribuição nas 20 cidades polo do Estado, que redistribuem aos destinos finais programados, em até um turno.
Numa logística desenvolvida pelo Governo do Ceará que envolve aviões, helicópteros e caminhões, existem atualmente seis rotas de distribuição aérea e duas terrestres, que contemplam a Capital e as Áreas Descentralizadas de Saúde (ADS), que compreendem os municípios de Maracanaú, Caucaia, Baturité, Itapipoca, Sobral, Tianguá, Camocim, Acaraú, Crateús, Juazeiro do Norte, Crato, Iguatu, Brejo Santo, Icó, Tauá, Quixadá, Canindé, Aracati, Russas e Limoeiro do Norte, de onde o material é repassado aos demais municípios de todo o Ceará.
Tarcísio acredita que estamos vivendo um momento de mobilização sem precedentes para enfrentar a pandemia da Covid-19, com muitas pesquisas e estudos que são necessários para desenvolver as vacinas imunizantes contra o Covid-19. “Toda sociedade científica tem feito história ao avançar na produção em tempo recorde desses mais diferentes imunizantes. Agora disponíveis no Brasil, essas vacinas já chegaram ao nosso Estado, e temos um papel essencial e de muita responsabilidade em toda uma cadeia, para garantir que chegue ao paciente numa temperatura adequada, numa condição eficiente e eficaz, é a chamada gota de esperança”, comemora Tarcísío.
O gerente da Ceadim pontuou também que o Ceará é referência no Brasil em campanhas de imunização, com uma equipe muito experiente e que já passou pelas mais diferentes situações, e por isso acredita que no caso das vacinas contra Covid-19 não serão diferentes. “Nosso trabalho é muito árduo, mas gratificante, pois a partir do nosso trabalho crianças, jovens, adultos e idosos são imunizados com uma vacina segura e eficaz. A gente só espera e torce para que as doses suficientes cheguem o quanto antes a todos, para resolver um problema que já tirou muitas vidas”.
O profissional também relembra com carinho e emoção o dia 18 de janeiro de 2021, data em que as primeiras doses da vacina contra Covid-19 chegaram ao Ceará, em Fortaleza. “Foi uma data muito especial, e que guardo com muita emoção como profissional e ser humano. Marcou o início do enfrentamento da pandemia com imunizantes, pois no mesmo dia já começou a ser administrado em profissionais de saúde da linha de frente. E antes mesmo das 18 horas, horário em que recebemos os imunizantes, toda nossa equipe estava de prontidão, com todos os equipamentos e protocolos no ponto, com ambientação de caixas térmicas, controle de temperatura, para que, em até duas horas, já estivessem embarcadas em nas rotas pré-estabelecidas por nossa equipe de logística e distribuição. Sem dúvida um momento em que entramos para a História”, finaliza ‘Senhor Frio’ cearense.
Fonte: https://www.ceara.gov.br/2021/02/23/avancando-juntos-o-senhor-frio-que-salva-vidas/