O Conselho Regional de Farmácia do Ceará (CRF-CE), por meio da Comissão de Saúde e Cuidado Farmacêutico para a População LGBTQIAPN+, Povos Originários, Negros e Outras Populações Vulnerabilizadas e a Comissão Assessora da Mulher Farmacêutica, celebra hoje, 5 de setembro, o Dia Internacional da Mulher Indígena.
Instituída em 1983, no II Encontro de Organizações e Movimentos da América, em Tihuanacu (Bolívia), a data homenageia a memória de Bartolina Sisa, mulher Quéchua brutalmente assassinada durante a rebelião anticolonial de Túpaj Katari, no século XVIII. Sua história simboliza a luta, a resistência e a coragem das mulheres indígenas frente às injustiças históricas.
As mulheres indígenas são guardiãs da biodiversidade, protagonistas na luta contra as mudanças climáticas e fundamentais na preservação das culturas, línguas e tradições milenares. Estão na linha de frente da defesa dos povos originários e de seus territórios, constantemente ameaçados.
Hoje, destacamos a trajetória de Auritha Tabajara (@ita.tabajara), escritora, poeta, cordelista e contadora de histórias, nascida em Ipueiras-CE. Reconhecida nacionalmente como a primeira cordelista indígena do Brasil, Auritha traz para suas obras a voz ancestral de sua avó e a força de seu povo. Autora de livros premiados, como Magistério Indígena em Verso e Poesia e Coração na Aldeia, Pés no Mundo, é referência na literatura indígena contemporânea e foi incluída pela rede Visibilidade Indígena entre as 25 escritoras indígenas que todos devem conhecer.
Neste dia, reafirmamos o compromisso com a valorização das mulheres indígenas e a construção de uma sociedade mais justa, plural e inclusiva.