Transformar esse gasto em investimento no cuidado farmacêutico é uma escolha estratégica, sustentável — e urgente — para a saúde pública

Esse número revela mais do que um custo: expõe, com clareza, a urgência de repensar a forma como os medicamentos são utilizados no Brasil. O uso inadequado compromete diretamente a sustentabilidade do SUS, que hoje gasta mais corrigindo danos causados por medicamentos do que no abastecimento de sua rede.

O farmacêutico é o profissional estratégico para mudar esse cenário — promovendo o uso racional dos medicamentos, prevenindo erros evitáveis e fortalecendo a segurança do paciente.

E ele poderia contribuir ainda mais: atuando em colaboração com as equipes hospitalares, acompanhando pacientes crônicos no ambiente ambulatorial e renovando prescrições, prescrevendo profilaxias mediante protocolos e auxiliando a população na seleção de medicamentos de venda livre sempre que necessário. No entanto, encontra-se atualmente impedido de exercer plenamente esse papel por força de uma decisão judicial.

Transformar esse gasto em investimento no cuidado farmacêutico é uma escolha estratégica, sustentável — e urgente — para a saúde pública.

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